Atividades Acadêmicas

Núcleo de Estudos de Diversidade, Sexualidade e Gênero do IFTM promove amistoso de futsal feminino em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres

A partida, disputada entre alunas dos cursos do Campus Uberaba, aconteceu no ginásio da instituição
Publicado em 11/03/2024 20:09 Atualizado em 11/03/2024 20:11
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Fotografia colorida de um grupo de alunas segurando um faixa, escrito no centro
Fotografia colorida de um grupo de alunas segurando um faixa, escrito no centro "Lugar de Mulher é onde ela quiser"
Crédito: Marvile Palis

O Núcleo de Estudos de Diversidade, Sexualidade e Gênero do IFTM (NEDSEG) realizou na tarde, da última sexta-feira, 8 de março, no Ginásio de Esportes do Campus Uberaba um amistoso de futsal feminino, em celebração ao Dia Internacional das Mulheres, reunindo jogadoras e torcida em uma celebração de força, habilidade e determinação das mulheres no esporte.

Durante os intervalos da partida, manifestações de apoio às mulheres foram feitas com a exibição de cartazes, faixas e homenagens dos torcedores e adeptos ao futebol feminino.

Uma das torcedoras, a professora de artes do Campus Uberaba,  Marvile Palis Costa Oliveira destacou: “assistir a uma partida de futsal feminino no dia internacional das mulheres e ver a garra, a determinação e a empatia dessas meninas em campo foi emocionante. Só de pensar que no passado fomos proibidas de jogar futebol, o que estamos vivendo aqui hoje é resultado de muitas lutas e resistência".

Para a atleta Janice Coutinho, estudante do primeiro ano do curso Técnico em Meio Ambiente integrado ao Ensino Médio “esse foi um dos melhores jogos que já disputei. Foi muito legal! Desejo um excelente dia das mulheres à todas as mulheres".

“A participação das mulheres em jogos de futsal foi sempre difícil e criticada. Fazer acontecer um jogo desse nível aqui para a gente é muito significativo e histórico!”, destaca a atleta Evelyn Gabrielle, aluna do segundo ano do curso técnico em Alimentos integrado ao Ensino Médio.

O amistoso de futebol feminino do Campus Uberaba foi muito mais do que uma simples competição esportiva. Foi uma celebração da diversidade, da igualdade e do potencial ilimitado das mulheres em todos os aspectos da vida.

A professora Aparecida Xenofonte fez uma fala de abertura enfatizando a importância do evento para as mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Destacou também a atuação do Núcleo de Estudos de Diversidade, Sexualidade e Gênero (NEDSEG) e suas ações no campus Uberaba.

“O evento reafirmou o compromisso da instituição com a promoção da inclusão, do respeito mútuo e da valorização das mulheres em nossa comunidade e além”, finaliza a professora Marvile Palis.

 

Trajetórias do Futsal Feminino – Em 1941, as mulheres foram proibidas de participar de todas as modalidades esportivas, o que foi ratificado pela Deliberação do Conselho Nacional de Desportos nº 7/1965, que não permitia às mulheres as práticas esportivas pelas mulheres tais como: lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo aquático, polo, rugby, halterofilismo e baseball. Mais tarde, em 1979, ambos foram revogados.

Contudo, apenas em 1983 foi autorizada pela Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), a prática do futsal feminino. O Conselho Nacional de Desportos liberou a prática do Futebol e Futsal para as mulheres, abrindo caminho para o surgimento de campeonatos em vários estados. Essa decisão estratégica visava não apenas promover a igualdade de gênero no esporte, mas também atender a um requisito essencial para a inclusão do futsal feminino nas Olimpíadas: a participação ativa de ambos os sexos na modalidade.

O marco inaugural para os campeonatos oficiais de futsal feminino organizados pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) foi a I Taça Brasil de Clubes, realizada em Mairinque, São Paulo, em janeiro de 1992. O torneio contou com a participação de 10 equipes indicadas por suas Federações, marcando o início de uma jornada promissora para a modalidade.

 

8 de março – 8 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Essa data simboliza a contínua luta pela igualdade social entre homens e mulheres, reconhecendo as diferenças biológicas, mas rejeitando qualquer tentativa de usar essas diferenças como justificativa para subjugar ou inferiorizar as mulheres.

Nos séculos XIX e XX, durante o processo de industrialização, homens, mulheres e crianças enfrentavam jornadas extenuantes de trabalho nas fábricas. Movimentos sindicais e políticos surgiram para reconhecer o papel da mulher como cidadã e trabalhadora. Figuras como Clara Zetkin, Alexandra Kollontai, Clara Lemlich, Emma Goldman, Simone Weil e outras ativistas dedicaram suas vidas ao que mais tarde se consolidou como o movimento feminista.

Clara Zetkin, membro do Partido Comunista Alemão, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher durante o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas em 1910. Em 1911, o trágico incêndio na Triangle Shirtwaist Company, morreram 146 pessoas, na sua maioria mulheres judias.

Em 1917, trabalhadoras russas entraram em greve em 8 de março (23 de fevereiro no Calendário Juliano), marcando um ponto crucial na história do Dia Internacional da Mulher. Nas décadas seguintes, o 8 de Março foi reconhecido internacionalmente como o dia comemorativo da mulher.

Nos anos 60 e 70, o feminismo desafiou a hierarquia de gênero dentro da esquerda política. A luta das mulheres contra a ditadura militar de 1964, temporariamente uniu feministas e membros do 'movimento de mulheres'. O 8 de março tornou-se uma data unificadora contra os militares, marcada por manifestações pela restauração da democracia e denúncias de prisões arbitrárias e desaparecimentos políticos.

O movimento feminista continuou sua luta pelo direito ao voto e outros direitos civis ao longo do século XX, e a ONU oficializou o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher em 1975, marcando o início de uma nova fase no movimento feminista.

Apesar dos avanços, velhos preconceitos persistem, e é importante reconhecer a história e as origens étnicas do Dia Internacional da Mulher, sem obscurecer o papel fundamental das mulheres na luta por igualdade e justiça social.

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